Aprender viajando: experiências que transformam as crianças em uma jornada em grupo pelo Peru

Existem experiências que marcam a infância de forma definitiva — não como uma lembrança isolada, mas como algo que muda o olhar, desperta perguntas e forma vínculos afetivos duradouros. Viajar pode ser uma dessas experiências. Especialmente quando é vivida em família, com tempo, presença e propósito. Longe das rotinas e da correria dos dias comuns, o mundo se revela às crianças em toda a sua diversidade — e é nesse contato direto com o novo que o aprendizado se dá, de maneira viva, concreta e compartilhada.

Nos nossos grupos de viagem para famílias, acreditamos que descobrir um destino vai além de tirar fotos em paisagens bonitas. É sobre se permitir viver o lugar com todos os sentidos, escutando outras histórias, respeitando outras culturas, deixando-se tocar. Quando crianças e adultos se lançam juntos nessa jornada, algo precioso acontece: criam-se pontes. Pontes entre gerações, entre saberes, entre o que se vê e o que se sente. No Peru, essas conexões acontecem com naturalidade — porque ali, tudo convida ao encantamento.

Em julho, embarcaremos com um grupo de famílias para esse país onde montanhas falam, cidades guardam histórias e comunidades acolhem com simplicidade e sabedoria. A seguir, compartilhamos alguns dos aprendizados que essa viagem pode despertar nas crianças — e que, muitas vezes, ressoam para muito além da infância.

O passado que se conecta ao presente

No Peru, a história não está apenas nos livros — ela pulsa em cada pedra, em cada escadaria, em cada ruína inca que desafia o tempo. Machu Picchu, claro, é o ápice desse mergulho. Mas a jornada começa muito antes, no Vale Sagrado, onde as crianças caminham por sítios arqueológicos e ouvem histórias de civilizações que construíram cidades inteiras sem o uso de tecnologias modernas. Elas aprendem, com os próprios olhos, como conhecimento, engenhosidade e respeito à natureza permitiram aos incas criar um império próspero. Mais do que uma aula de história, é uma lição de conexão com as origens.

Natureza como mestre e aliada

O Peru é um país onde a geografia ensina. Os terraços agrícolas esculpidos nas montanhas mostram como os antigos moradores adaptavam o cultivo ao relevo e ao clima, respeitando os ciclos naturais. As crianças percebem como a sustentabilidade pode ser uma prática ancestral — e como ela continua sendo necessária hoje. Observar a vegetação andina, cruzar com lhamas e alpacas, sentir o ar rarefeito das altitudes: tudo isso se transforma em descoberta, em um corpo que aprende junto com o outro e com o lugar.

Cultura viva, colorida e generosa

No contato com artesãos locais, as crianças descobrem como símbolos antigos ainda são tecidos em mantas, moldados em cerâmicas e pintados em murais. Ao participarem de oficinas culturais, elas criam, tocam, experimentam — e compreendem o valor do fazer com as mãos. A arte no Peru não está em museus silenciosos: ela vive nas feiras, nas ruas, nas roupas tradicionais. É nesse cenário que o aprendizado se torna espontâneo, e a criatividade floresce.

Sabores que despertam a curiosidade

A gastronomia peruana é uma das mais ricas do mundo — e com crianças, esse universo se abre de maneira ainda mais curiosa e lúdica. Ao participar de oficinas de culinária ou visitar mercados, os pequenos entendem de onde vêm os alimentos, descobrem novos sabores e aprendem sobre a importância da diversidade alimentar. Experimentar quinoa, milho roxo, batatas de todas as cores vira uma aventura. E comer, aqui, é também um jeito de se relacionar com a cultura e com o outro.

Aprender a conviver — e a cooperar

No Peru, o conceito ancestral de ayni — que significa ajuda mútua — ainda rege a vida em muitas comunidades. As crianças observam, naturalmente, como a cooperação está presente no cotidiano: no trabalho coletivo, no respeito aos mais velhos, no cuidado com a terra. Dentro do nosso grupo de viagem, essa lógica também se reproduz. Brincam juntas, aprendem a dividir, a esperar sua vez, a se encantar com o que o outro tem a ensinar. A viagem se transforma em uma pequena comunidade de afeto, aprendizado e troca.

Uma jornada que continua depois da volta

Nosso grupo para o Peru em julho é mais do que um roteiro: é um capítulo da história de cada família que viaja com a gente. Com o acompanhamento de uma facilitadora e uma concierge dedicadas ao grupo, criamos uma experiência acolhedora, rica em conteúdo e afeto. As crianças recebem um kit pedagógico lúdico antes da viagem, que desperta sua curiosidade e amplia o significado da jornada. Os adultos, por sua vez, ganham a tranquilidade de saber que tudo foi pensado com carinho e competência.

Viajar com os filhos é sempre um convite à transformação. No Peru, essa transformação se potencializa. E quando vivida em grupo — com outras famílias que compartilham valores semelhantes — ela se torna ainda mais profunda. Porque o que se aprende com o mundo não cabe só na bagagem: cabe na memória, no coração e no jeito como seguimos em frente.